Se comunica a todos los usuarios que para poder garantizar la continuidad del Foro de Ascensoristas se va a proceder a cerrar el uso del mismo durante los periodos de tiempo que sean necesarios para conseguir reducir el coste económico ocasionado por el consumo de Ancho de Banda y así poder garantizar, como mínimo, el coste que ocasionan el alquiler de los servidores.
Las aportaciones por los banners publicitarios no son suficientes para mantener el sitio en linea al 100%.
Sitio de apoyo para consultar todas las incidencias, averias y dudas relacionadas con las maniobras y/o modelos de estos aparatos elevadores.
Moderador:Supervisores
Reglas del Foro Maniobras Modelos SCHINDLER
Sitio de apoyo para consultar todas las incidencias, averías y dudas relacionadas con las maniobras y/o modelos de estos aparatos elevadores.
Grazie al collega che ha postato questo manuale, molto utile per quando arrivera qualche impianto con con questa release, certo e che anche schindler come le altre multinazionali si sta dando da fare per creare difficolta ai liberi ascensoristi, questo continuo cambiare non crea difficolta solo a noi, crea molti problemi anche ai loro tecnici che molte volte non riescono a risolvere i problemi e clienti si lamentano per nostra fortuna, tante volte perdono anche la manutenzione, io mi auguro che ne perdano il piu posiibile a nostro vantaggio, grazie ancora e buon lavoro a tutti i colleghi.
Encore merci, pour le partage de ces précieuses informations. Longue vie à ce forum qui nous permet d'arriver à nous dépanner face à la complexité de ces armoires. D'ailleurs, comment faites-vous pour débloquer les BX qui sont bloquées ? Faut-il faire appel à Schi... ou bien vous arrivez à les débloquer vous mêmes ? Car nous en France nous avons beaucoup de mal avec cela, car elles sont tout le temps bloquées les armoires neuves.
Buenas tardes. He bajado este archivo y, al guardarlo, me aparece que lo tenía anteriormente, por lo cual (una vez más) debe de estar duplicado en el Foro. Lo informo a los señores moderadores para que otros compañeros estén al tanto. Saludos.
Hola
Sabes qué tipo de conector WAGO se necesita para que el conector MGB-T pruebe el freno? Sin duda es MCS, pero no sé qué tamaño. Tengo un esquema de complemento para bionic 5 rel. 6.
I-CIRCUITOS DE COMUTAÇÃO (FAMÍLIAS LÓGICAS)
Conforme mencionado no módulo anterior, portas lógicas são circuitos eletrônicos implementados em pastilhas de silício, portanto constituídos por resistores, transistores, diodos e, em alguns casos, capacitores, zeners e transistores MOS.
Os componentes utilizados para implementar as portas lógicas caracterizam as chamadas famílias lógicas, que são diferentes tecnologias utilizadas para implementar um mesmo tipo de porta lógica.
Para o entendimento do funcionamento dos circuitos de determinada família é importante lembrar que tais circuitos são dispositivos lógicos booleanos, portanto possuem apenas dois estados. Assim sendo, se tais circuitos possuírem transistores, estes operarão em apenas dois estados: corte e saturação.
As famílias mais utilizadas atualmente dentro da área de Eletrônica Digital são a TTL (Transistor – Transistor Logic) e a CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor), porém derivam de uma série de famílias lógicas, hoje obsoletas.
Dentre essas famílias podemos citar:
RDL – Caracterizada por circuitos que utilizam apenas diodos e resistores (Resistor Diode Logic);
DTL – Família que utiliza lógica de diodos e transistores (Diode Transistor Logic);
HTL – Caracterizada por utilizar lógica de alto limiar de condução, a família High Threshold Logic possui, como característica principal, alta imunidade a ruídos;
RTL – Família que utiliza lógica de resistores e transistores (Resistor Transistor Logic).
Antes de começar o estudo das famílias, é importante iniciar com alguns conceitos que são importantes nesta área:
1- MARGEM DE RUÍDO
É a faixa de tensão dentro da qual o circuito não responde com a mudança de seu estado lógico; para que a mudança de estado ocorra é necessário que o nível lógico de entrada seja superior a esta faixa.
Famílias que não se comprometem com rejeição de ruídos possuem esta faixa delimitada apenas pelas tensões mínimas de condução de seus componentes.
Circuitos que trabalham em sistemas com alto índice de ruídos são projetados para terem sua margem de ruído aumentada com componentes de alta tensão de condução (EX.: diodo zener) ou dinamizada com circuitos complexos (EX.: amplificadores com histerese).
2- LÓGICA POSITIVA E NEGATIVA
Os circuitos de uma determinada família são caracterizados como de lógica positiva ou negativa de acordo com suas tensões de trabalho que são interpretadas como de nível alto (nível 1).
Se um circuito lógico trabalha com tensões positivas em relação ao terra este é caracterizado por utilizar lógica positiva; se por outro lado este mesmo circuito trabalha com tensões negativas este será de lógica negativa:
Lógica positiva
0 = terra
Lógica negativa
0 = terra
1 = +Vcc
1 = - Vcc
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 4
3- FAN-IN E FAN-OUT
São, respectivamente, os números máximo de entradas e máximo de saídas de um circuito lógico.
São dados fornecidos pelo fabricante e representam as limitações que estes circuitos apresentam em possuir várias entradas ou vários circuitos acoplados em sua(s) saída(s).
4- TEMPO DE ATRASO (DELAY) OU DE PROPAGAÇÃO
O tempo de propagação (propagation delay time) é definido como o tempo que um bloco lógico leva para mudar de estado desde a aplicação de um nível lógico em sua entrada. Em outras palavras, é o tempo que um bloco leva para responder, ou seja, mudar de nível lógico (0 ou 1). Na prática, seu valor é da ordem de nanossegundos.
Para ilustrar, a figura abaixo apresenta um inversor com exemplos de trechos de sinais aplicados à entrada e os respectivos resultados de saída.
5- FAMÍLIA TTL
A família da lógica de transistores com transistores (Transistor Transistor Logic) possui as seguintes características:
Implementada predominantemente com transistores; alguns com múltiplos emissores, componente que existe somente em circuitos integrados e é característica única desta família;
Possui alta velocidade de comutação;
Trabalha com tensões em torno de 5V para o nível alto;
Se seus terminais estiverem desconectados o circuito lógico “interpretará” a inserção do nível lógico 1 nestes terminais.
A - Porta NAND TTL:
O circuito lógico básico TTL é a porta NAND, mostrado na figura abaixo. Ainda que a família TTL padrão esteja próxima da obsolescência, podemos aprender muito sobre os dispositivos atuais das outras famílias lógicas estudando o circuito original TTL na sua forma mais simples. As características de entrada da família TTL são provenientes do transistor Q1, que tem configurações de múltiplos emissores (junção de diodo). A polarização direta de qualquer (ou ambas) dessas junções de diodos fará Q1 conduzir. Apenas quando todas as junções estiverem polarizadas reversamente, o transistor estará em corte. Esse transistor de entrada com múltiplos emissores pode ter até oito emissores em uma porta NAND de oito entradas.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 5
Observe também que na saída do circuito os transistores Q3 e Q4 estão em uma configuração denominada totem-pole. O estágio totem-pole é construído com dois transistores que operam como chaves, Q3 e Q4. A função de Q3 é conectar Vcc na saída, produzindo um nível lógico ALTO. A função de Q4 é conectar a saída na GND, produzindo um nível lógico BAIXO. Em uma operação normal, Q3 ou Q4 estarão conduzindo, dependendo do estado lógico da saída, mas nunca ao mesmo tempo.
B - Porta NOR TTL:
A figura abaixo mostra o circuito interno para uma porta NOR TTL. É importante observar que ele se compara com o circuito NAND mostrado inicialmente. Na entrada podemos ver que o circuito NOR não usa um transistor com múltiplos emissores, em vez disso, cada entrada é aplicada ao emissor de um transistor em separado. Na saída, o circuito NOR utiliza a mesma configuração totem-pole como o circuito NAND.
Pudemos perceber nos exemplos acima que os circuitos TTL têm uma estrutura similar. As portas NAND e AND utilizam transistores de múltiplos emissores ou múltiplas junções de diodos nas entradas, as portas NOR e OR usam transistores de entrada separados. Em qualquer caso, a entrada será o catodo (região N) de uma junção P-N, de modo que uma tensão de entrada em nível ALTO manterá a junção reversamente polarizada e apenas uma pequena corrente de fuga fluirá. Por outro lado, uma tensão de entrada em nível
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 6
BAIXO faz a junção conduzir e uma corrente relativamente grande fluirá de volta para a fonte do sinal. Uma pequena minoria dos circuitos TTL não possui algum tipo de configuração de saída totem-pole.
C - OPEN-COLLECTOR:
Existem CI’s TTL construídos na configuração OPEN-COLLECTOR (coletor aberto) para melhorar a integração de circuitos mais complexos. Esta configuração consiste apenas em integrar o circuito com o coletor do transistor de saída diretamente disponível num terminal do CI e sem o resistor de coletor ligado à fonte. Observe a figura a seguir:
Um resistor comum deve ser ligado externamente ao CI para o correto funcionamento do circuito:
Ainda na configuração open-collector (OC) ocorre uma nova função lógica conhecida por wired-and.
Esta função “automática” consiste no surgimento de uma porta AND no nó do circuito composto pelas saídas de portas OC; observe a figura seguinte:
Temos um circuito composto por portas NAND em coletor aberto como exemplo. Da forma como estão conectadas as portas geram o fenômeno ilustrado a seguir:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 7
Y AB . CD
A porta AND que “surgiu” no nó do circuito caracteriza a função wired-and. Tal ocorrência
facilita o projeto de circuitos complexos que utilizam portas TTL em coletor aberto.
D - TRI-STATE:
Outro tipo de configuração muito comum na família TTL é a de portas TRI-STATE. Nesta
configuração as portas lógicas podem assumir não apenas dois, mas três estados: nível 0, nível 1 e alta
impedância (caracterizada por uma altíssima impedância na saída do CKT), equivalente a um rompimento no
ramo do circuito em que esta porta está inserida. Estas portas possuem um terminal a mais (terminal de
controle) que permite que a porta responda com um nível lógico em sua saída ou esta apresente alta
impedância. As porta tri-state mais comuns são os buffers, porém existem disponíveis as inversoras:
Buffers tri-state Inversores tri-state
A
B
As portas A apresentam alta impedância quando o terminal de controle for igual a 0; as portas B,
por outro lado, apresentam alta impedância com o controle igual a 1. Se as portas acima não estiverem no
estado de alta impedância responderão normalmente com os respectivos níveis lógicos de acordo com suas
entradas.
Estas portas são bastante utilizadas, por exemplo, para a comutação direta de circuitos lógicos ou
controle de barramentos utilizados por vários circuitos simultaneamente, principalmente bancos de memória e
processadores.
E - SCHIMITT-TRIGGER:
São também encontrados disponíveis na família TTL, embora possam ser implementados em
outras famílias. Este tipo de bloco possibilita tornar rápidas, as variações lentas dos níveis de tensão de
determinados sinais aplicados à sua entrada, causando na saída o aparecimento de uma onda quadrada bem
definida. Outra característica de seu tipo de operação é sua alta imunidade à ruídos.
O bloco irá considerar iguais a 0, os valores de entrada abaixo do especificado por VT- (limiar
negativo de tensão), e irá considerar iguais a 1, os valores acima de VT+ (limiar positivo de tensão).
Para ilustrar, a figura abaixo apresenta um inversor TTL Schmitt-trigger e a ação sobre um sinal
de variação lenta aplicado à sua entrada.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 8
O símbolo (histerese) presente no inversor é utilizado em manuais de fabricantes para identificar
as portas Schmitt-trigger, sendo semelhante às característica de transferência do bloco. Para exemplificar esta
curva e os valores práticos dos parâmetros VT- e VT+, a figura abaixo mostra a característica de transferência
típica do circuito integrado TTL 7414 (6 inversores Schmitt-trigger).
Pelo gráfico, notamos que para a saída assumir nível 0, é necessário que a variação de entrada
atinja aproximadamente VT+ = 1,7V, e que para assumir nível 1, é necessário que a variação de entrada caia
abaixo de VT- = 0,9V aproximadamente.
6- FAMÍLIA CMOS
A família mais utilizada em sistemas computacionais por possuir alto grau de miniaturização de
seus circuitos na pastilha de silício e baixo consumo de energia, utiliza transistores MOSFET complementares
(Complementary Metal Oxide Semiconductor). A tecnologia CMOS pode empregar tanto lógica positiva
quanto negativa.
Estes componentes integrados utilizam 5% do espaço ocupado por um transistor bipolar na sua
integração, por este motivo o uso de resistores integrados é inviável; este problema é resolvido utilizando um
MOSFET de resistência constante no lugar do resistor; para isto “curto-circuitamos” dreno e porta conforme a
figura abaixo:
Resistor MOS
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 9
A - Circuitos Digitais com MOSFETS:
Os circuitos digitais que empregam MOSFETs são classificados em três categorias: (1) P-MOS, que usa apenas MOSFETs canal-P tipo enriquecimento; (2) N-MOS, que usa apenas MOSFETs canal-N do tipo enriquecimento; e (3) CMOS (MOS complementar), que usa os dispositivos canal-N e canal-P. As vantagens de velocidade e potência que a tecnologia de fabricação CMOS atual oferece têm feito da família CMOS a líder ao longo de todos os níveis de integração.
B - Lógica MOS complementar:
A família lógica MOS complementar (CMOS) utiliza MOSFETs canal-P e canal-N para obter diversas vantagens sobre as famílias N-MOS e P-MOS. De um modo geral, CMOS é mais rápido e consome ainda menos do que as outras famílias MOS. Essas vantagens são contrabalançadas pelo aumento de complexidade para a fabricação do CI e pela menor densidade de integração.
C - Inversor CMOS:
O circuito básico de INVERSOR CMOS é mostrado na figura abaixo. Nesse diagrama e para outros que se seguirão, os símbolos padronizados para MOSFETs foram trocados por blocos com as denominações P e N para indicar um MOSFET-P e um MOSFET-N, respectivamente. Isso é feito por conveniência na analise dos circuitos. O INVERSOR CMOS tem dois MOSFETs em série, de modo que o dispositivo com canal P tem sua fonte conectada em +VDD (uma tensão positiva), e o dispositivo de canal N tem sua fonte conectada na GND. As portas dos dois dispositivos estão conectadas juntas em uma entrada comum. Os drenos dos dois dispositivos estão conectados juntos em uma saída comum.
Para analisar esse circuito, é importante perceber que uma entrada em 0V (nível 0) liga seu MOSFET-P correspondente e desliga seu MOSFET-N correspondente. O oposto ocorre para uma entrada em +VDD (nível 1).
VIN
Q1
Q2
VOUT
+VDD
(1 lógico)
OFF
ROFF = 1010Ω
ON
RON = 1 kΩ
= 0V
0 V
(0 lógico)
ON
RON = 1 kΩ
OFF
ROFF = 1010Ω
= +VDD
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 10
D - Porta NAND CMOS:
Outras funções lógicas podem ser construídas modificando-se o INVERSOR básico.
A figura abaixo mostra uma porta NAND formada pela adição de um MOSFET canal-P em paralelo e um MOSFET canal-N em serie ao INVERSOR básico. Para analisar esse circuito, é importante perceber que uma entrada em 0V liga seu MOSFET-P correspondente e desliga seu MOSFET-N correspondente. O oposto ocorre para uma entrada em +VDD.
Assim, podemos observar que o único instante em que uma saída em nível BAIXO ocorrerá será quando as entradas A e B estiverem ambas em nível alto (+VDD) para ligar ambos os MOSFETS canal-N, fornecendo assim uma resistência baixa entre o terminal de saída e a GND. Para todas as outras condições de entrada, pelo menos um MOSFET-P estará ligado, enquanto pelo menos um MOSFET-N estará desligado. Isso produzirá uma saída em nível ALTO:
A
B
X
BAIXO
BAIXO
ALTO
BAIXO
ALTO
ALTO
ALTO
BAIXO
ALTO
ALTO
ALTO
BAIXO
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 11
E - Porta NOR CMOS:
A porta NOR CMOS é formada adicionando um MOSFET-P em serie e um MOSFET-N em paralelo ao INVERSOR básico, como mostrado na figura abaixo. Mais uma vez, esse circuito pode ser analisado, observando que um nível baixo em qualquer uma das entradas liga seu MOSFET-P correspondente e desliga o seu MOSFET-N correspondente; o oposto ocorre para uma entrada em nível ALTO. Cabe a você observar que esse circuito opera como uma porta NOR.
A
B
X
BAIXO
BAIXO
ALTO
BAIXO
ALTO
BAIXO
ALTO
BAIXO
BAIXO
ALTO
ALTO
BAIXO
Portas AND e OR CMOS podem ser formadas por meio da combinação de portas NAND e NOR com INVERSORES.
F - Entradas desconectadas:
Entradas CMOS nunca devem ficar desconectadas. Todas as entradas CMOS devem ser conectadas em um nível de tensão fixo (0V ou VDD) ou a alguma outra entrada.
Essa regra se aplica também às entradas de portas lógicas que não foram usadas em um chip. Uma entrada CMOS não conectada é suscetível a ruído e a eletricidade estática, que poderiam facilmente polarizar os MOSFETs canal-P e canal-N para um estado de condução, resultando no aumento da dissipação de potência e em possível superaquecimento.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 12
7- ESCALAS DE INTEGRAÇÃO:
As escalas de integração, ou seja, a faixa relativa ao número de componentes por chip são determinadas pela quantidade de portas ou dispositivos ativos dentro do circuito integrado. Estas escalas recebem uma denominação apropriada conforme o número destes elementos existentes internamente.
A tabela abaixo apresenta as escalas de integração com as respectivas densidades expressas em portas por chip.
Designação
Significado
Densidade (portas por chip)
SSI
Small Scale Integration
< 12
MSI
Medium Scale Integration
13 a 99
LSI
Large Scale Integration
100 a 999
VLSI
Very Large Scale Integration
1000 a 99999
ULSI
Ultra Large Scale Integration
>100000
Os circuitos integrados pertencentes às famílias TTL e CMOS enquadram-se nos níveis de integração SSI e MSI; já os outros sistemas mais complexos, enquadram-se nos demais níveis.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 13
II - CODIFICADORES E DECODIFICADORES
A interação direta do homem com máquinas avançadas é praticamente impossível, visto que
ambos possuem linguagens diferentes.
Para que estes entes possam interagir, de forma que o homem possa transmitir comandos e dados à
máquina e esta possa responder com ações ou outros dados, é necessário o uso de “tradutores” entre o homem
e a máquina e entre a máquina e o homem. Esses tradutores são, respectivamente, os codificadores e os
decodificadores.
Os codificadores traduzem a linguagem do homem (composta por caracteres hindu-arábicos ou
comandos básicos) para a linguagem da máquina (composta por ações próprias ou palavras binárias). O
decodificador executa a ação contrária (traduzir a linguagem da máquina em uma forma facilmente entendida
pelo homem).
Existem tais circuitos em formas muito avançadas, mas para o nosso estudo veremos apenas as
formas mais básicas: codificadores que convertem algarismos decimais em números binários e
decodificadores que mostram em um “display” o algarismo decimal correspondente ao número binário que for
inserido em suas entradas.
Observe os diagramas bloco que representam estes circuitos com suas entradas e saídas:
Nota-se uma estreita relação entre o número de entradas e o de saídas nestes dois circuitos. Para o
codificador temos:
2 E S
Sendo: S = número de saídas do circuito
E = número de entradas do circuito
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 14
Já para o decodificador a fórmula é a seguinte:
2 S E
1- CIRCUITO CODIFICADOR
Aqui é apresentada a forma mais simples de implementação de um codificador decimal. O mesmo
apresenta certas particularidades em seu funcionamento para que a sua operacionalidade seja possível.
No exemplo abaixo, este simples circuito considera que suas 8 teclas (entradas) emitem nível 1
quando não são pressionadas e qualquer uma das teclas emitirá nível 0 quando pressionada. Deste modo
teremos apenas as portas NAND que forem necessárias para a formação do número binário emitindo nível 1,
as demais permanecem emitindo nível 0. Conseqüentemente o número 0000 neste circuito é “default”, ou
seja, é automaticamente gerado quando nenhuma das teclas é pressionada:
Como exemplo, considere o uso da tecla 5. Um exame atento nas conexões mostra que esta tecla
está ligada às portas B e D. Assim sendo, ao pressioná-la, será enviado nível 0 apenas para estas duas portas,
fazendo com que as mesmas tenham nível 1 em suas saídas. Deste modo, teremos A=0, B=1, C=0 e D=1,
gerando nas saídas a palavra 0101, que é o algarismo 5 em binário.
Como sugestão, estude o comportamento deste circuito com o pressionamento de todas as outras
teclas.
2- CIRCUITOS DECODIFICADORES
A seguir temos o projeto de um decodificador de 2 bits; fica claro que ele receberá um número de
2 bits em suas entradas e ativará a saída decimal correspondente com nível 1:
A B 0 1 2 3
0 0 1 0 0 0
0 1 0 1 0 0
1 0 0 0 1 0
1 1 0 0 0 1
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 15
Analise agora a extração de cada uma das 4 funções na forma disjuntiva:
3 A.B
2 A.B
1 A.B
0 A.B
Deste modo, implementamos o CKT correspondente:
Evidentemente, decodificadores com um número maior de entradas podem ser projetados desta
mesma forma.
A amostragem do resultado da decodificação ao usuário pode ser conseguida por meio de vários
tipos de display. Veremos adiante alguns exemplos:
A - Display de tubo Nyxie:
Em uma época não muito distante, era bastante comum o uso de displays de tubo Nyxie:
Esse display é composto por dez filamentos com o formato de algarismos decimais. Desta forma,
se o terminal comum (GND) for aterrado e o terminal 6, por exemplo, receber nível 1, ele irá mostrar o
número 6 aceso.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 16
B - Display de LEDs:
Um tipo de display bastante utilizado é composto de vários LEDs, de forma que cada LED, ou o conjunto de alguns deles, indicará um resultado específico, um estado ou mesmo a execução de algum processamento do equipamento.
Para o circuito decodificador de 2 bits projetado anteriormente, por exemplo, podemos inserir um LED em cada uma de suas saídas, com cada LED identificado por um algarismo decimal, de modo que, havendo um número binário na entrada do decodificador, o mesmo responderá com o acendimento do LED correspondente:
Repare que o surgimento de nível 1 em uma destas saídas irá inserir um nível de tensão Vcc no anodo do LED correspondente. Como todos estão com seus catodos aterrados, a inserção de nível 1 em um deles fará com que este fique diretamente polarizado, gerando o acendimento do mesmo.
Esses LEDs, na forma como foram implementados, estão na configuração catodo comum, por estarem todos conectados juntos através de seus catodos. Observe agora um decodificador de 2 bits com os LEDs em anodo comum:
Repare que, para que esta configuração dos LEDs possa ser utilizada, é necessário o uso de portas NAND, pois a saída selecionada agora estará no nível 0.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 17
Repare também que os LEDs podem estar todos ligados, ao mesmo tempo, em Vcc ou em GND, dependendo de sua configuração.
C - Display de 7 segmentos:
O display mais largamente empregado é conhecido como display de 7 segmentos.
Esse display é composto por 7 LEDs, chamados de segmentos, identificados por letras minúsculas conforme sua posição:
Assim sendo, todos os algarismos decimais ou hexadecimais podem ser representados da seguinte forma:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 18
Algarismo
0
1
2
Display
Segmentos utilizados
a,b,c,d,e,f
b,c
a,b,d,e,g
Algarismo
3
4
5
Display
Segmentos utilizados
a,b,c,d,g
b,c,f,g
a,c,d,f,g
Algarismo
6
7
8
Display
Segmentos utilizados
a,c,d,e,f,g
a,b,c
a,b,c,d,e,f,g
Algarismo
9
A
B
Display
Segmentos utilizados
a,b,c,d,f,g
a,b,c,e,f,g
c,d,e,f,g
Algarismo
C
D
E
F
Display
Segmentos utilizados
a,d,e,f
b,c,d,e,g
a,d,e,f,g
a,e,f,g
Existem dois tipos de construção para este display, quais sejam anodo comum e catodo comum:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 19
Anodo comum
Catodo comum
Em seus primórdios, o display de 7 segmentos era constituído por 7 LEDs comuns em forma de bastonetes, implementados em um invólucro do tipo DIL. Hoje em dia o mesmo foi substituído pelo seu similar construído com cristal líquido: Liquid Cristal Display (LCD). Os princípios de funcionamento e utilização continuam os mesmos, muito embora existam aperfeiçoamentos em relação à conexão no equipamento e em sua construção, onde podemos citar displays que possuem segmentos formados por letras, como também palavras ou frases inteiras.
Este display necessita de um decodificador especial, o decodificador para 7 segmentos, visto que será necessária mais de uma saída em nível 1 para que o mesmo mostre o algarismo correspondente corretamente.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 20
3- DECODIFICADOR PARA 7 SEGMENTOS
Observe a tabela verdade para o projeto de um decodificador decimal:
A B C D a b c d e f g
0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0
0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1
1 0 1 0 X X X X X X X
1 0 1 1 X X X X X X X
1 1 0 0 X X X X X X X
1 1 0 1 X X X X X X X
1 1 1 0 X X X X X X X
1 1 1 1 X X X X X X X
Como de 10102 (dez) a 11112 (quinze) são utilizados caracteres hexadecimais, os mesmos serão
considerados casos irrelevantes em cada uma das 7 saídas, visto que este projeto trabalhará somente com o
sistema decimal.
Obviamente tal decodificador terá seu funcionamento otimizado em sistemas que forneçam
SOMENTE palavras binárias correspondentes aos algarismos decimais, por exemplo, em um sistema que
trabalhe com o código BCD 8421.
Acompanhe agora o projeto do circuito que controlará o segmento a:
a A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D
A A
C
X X 1 0 B
1 1 0 1
B C
X X 1 1
X X 1 1 B
D D D
Note que cada situação irrelevante (X) poderá ser utilizada conforme a conveniência do projetista,
ou seja, cada X pode assumir o valor 0 ou 1, de forma que a simplificação seja a máxima possível.
Assim sendo, após a simplificação, a função “a” será implementada do seguinte modo:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 21
a A C B D
a A C B.D B.D
Perceba que o decodificador para 7 segmentos decimal será, na verdade, formado pelo conjunto de
7 circuitos combinacionais cada qual controlando um segmento específico do referido display.
Se houver a necessidade de um decodificador para 7 segmentos que represente corretamente os
caracteres hexadecimais, basta substituir as situações irrelevantes da tabela anterior pelos níveis lógicos
correspondentes.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 22
III - MULTIPLEX E DEMULTIPLEX
Os circuitos multiplex e demultiplex são largamente empregados em sistemas compostos por unidades de comutação, por exemplo, em transmissão de dados e redes de telefonia.
Ambos costumam serem referenciados pelas siglas MUX e DEMUX (ou DMUX).
Estes dois tipos de circuito têm seu funcionamento análogo a chaves seletoras, por este motivo estas são seus circuitos discretos:
Multiplex (MUX)
Demultiplex (DEMUX)
Note que são exatamente iguais na estrutura, tendo como única diferença o número de entradas e de saídas; neste aspecto recebem, respectivamente, a classificação de “seletor de dados” e “distribuidor de dados”.
Tais circuitos são classificados em função de seu número de entradas e saídas. Temos, por exemplo, que um multiplex de 4 entradas é chamado de MUX-4 e um demultiplex de 16 saídas é reconhecido por DEMUX-16.
Logo abaixo temos os diagramas bloco de um MUX-2 e de um DEMUX-2:
MUX-2
DEMUX-2
Obviamente, por se tratarem de circuitos digitais, não é conveniente o uso de um knob mecânico; para substituí-lo, são utilizados terminais lógicos de controle chamados seletores (S). Desta forma temos a seleção das entradas ou das saídas através de níveis lógicos inseridos no(s) seletor (es):
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 23
MUX-2 DEMUX-2
S A B Y S A Y1 Y2
0 0 0 0
} S=0
0 0 0 0 } S=0
0 0 1 0 0 1 1 0
0 1 0 1 1 0 0 0 } S=1
0 1 1 1 1 1 0 1
1 0 0 0
} S=1
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
Através destas tabelas verdade, projetamos os referidos circuitos:
MUX-2 DEMUX-2
Multiplexadores e demultiplexadores com números maiores de entradas e saídas podem ser
projetados do mesmo modo acima ou utilizando associações que serão estudadas mais adiante.
Monte a tabela de um MUX-4 e de um DEMUX-4 e verifique que a comutação de quatro variáveis
necessita de 2 seletores. Do mesmo modo, a comutação de 8 entradas por parte do MUX-8 necessitará de 3
seletores, por conseguinte a comutação das 16 saídas do DEMUX-16 somente será possível com 4 seletores.
Assim sendo define-se a fórmula que relaciona o número de seletores com o número de entradas do
MUX:
2 E S
Sendo: S= número de seletores;
E= número de entradas.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 24
Por analogia define-se a mesma fórmula para o DEMUX:
2 O S
Sendo: S= número de seletores;
O= número de saídas (“Output”).
1- TERMINAL INIBIDOR
Alguns MUX possuem um terminal extra destinado à inibição ou habilitação destes, conhecido por
Enable, Disable, Gate, Strobe, Etc.; tais terminais fazem com que o MUX, quando inibido, tenha suas saídas
permanentemente fixas em um determinado nível lógico de acordo com o fabricante ou família, ou, em alguns
tipos diferentes de fabricação, as saídas assumem um estado semelhante a circuitos abertos (alta impedância),
independentemente dos níveis presentes em seus seletores e entradas. Observe a tabela verdade de um MUX-2
com terminal inibidor (E):
E S A B Y
0 0 0 0 0
E=0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 0
0 1 1 1 0
1 0 0 0 0
E=1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
Repare que, neste exemplo, com o terminal “E” em nível 0, a saída está permanentemente fixa em
nível 0, independente dos níveis das entradas e do seletor. Já com o terminal “E” em 1, o MUX opera
normalmente.
Considerando este terminal extra de controle, o circuito pode ser implementado da forma
seguinte:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 25
Monte a tabela verdade de um DEMUX com este terminal inibidor, e verifique que não existe diferença, a nível de função, entre as linhas em que o circuito está inibido e aquelas em que a entrada é igual a 0. Por este motivo, a maioria dos fabricantes de CI’s não implementam demultiplexadores contendo enable e entrada ao mesmo tempo, eliminando uma das duas na construção para maior economia e simplificação.
2- CIRCUITOS MÚLTIPLOS
Outra flexibilidade fornecida pelos fabricantes são os circuitos duplos, triplos, quádruplos, etc. A utilidade de tais implementações é encontrada em circuitos que necessitam de um número maior de comutações para uma mesma seleção.
Observe o circuito discreto de um MUX-4 DUPLO:
Observe que os dois MUX-4 estão sincronizados num único dispositivo de seleção, de modo que, se for selecionada a entrada B do primeiro, por exemplo, também será selecionada a entrada B do segundo simultaneamente.
Através deste raciocínio, pode-se implementar um MUX-2 DUPLO do seguinte modo:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 26
Existem, também, além dos MUX duplos, triplos quádruplos, etc., os DEMUX duplos, triplos, quádruplos, etc., todos com a mesma estrutura, ou seja, múltiplos multiplexadores ou demultiplexadores operando nos mesmos seletores.
3- ASSOCIAÇÕES DE VÁRIOS MUX E DEMUX
Um MUX de número de entradas maior que 2 e DEMUX com um número de saídas maior que 2 podem ser implementados a partir de suas tabelas verdade, como visto anteriormente. Mas o modo mais simples de fazê-lo é através de outros circuitos de mesmo tipo associados.
O princípio de implementação de MUX através desta técnica segue algumas regras bem simples:
1°) Interconecte todos os seletores dos MUX das entradas (os “de cima”);
2°) Conecte as suas saídas nas entradas do último MUX;
3°) Os seletores deste último ficam sendo os mais significativos.
Para a implementação de DEMUX, seguimos as mesmas regras, obviamente com pequenas variantes em relação às entradas e saídas.
Analise agora a implementação de um MUX-4 através de três MUX-2:
Analise agora um DEMUX-8 implementado com 2 DEMUX-4 e 1 DEMUX-2:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 27
4- MULTIPLEX COMO CIRCUITO COMBINACIONAL UNIVERSAL
O MUX é também conhecido como circuito combinacional universal, pois o mesmo pode ser utilizado para implementar qualquer circuito combinacional.
Observe a tabela de um circuito combinacional qualquer:
A
B
C
W
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
1
0
1
1
1
1
0
0
0
1
0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
Para implementá-lo utilizando um MUX, algumas regras devem ser seguidas:
1ª regra:
A variável menos significativa deve ser destacada;
2ª regra:
As variáveis restantes serão os seletores do MUX;
3ª regra:
As linhas da tabela serão separadas duas a duas;
4ª regra:
Em cada grupo de duas linhas identificar a(s) função(es) de acordo com a variável destacada;
5ª regra:
Cada identificação da(s) função(es) constituirá uma entrada do MUX de acordo com os níveis dos seletores (variáveis restantes da tabela);
Aplicação da primeira regra:
A
B C
W
0
0 0
0
0
0 1
0
0
1 0
1
0
1 1
1
1
0 0
0
1
0 1
1
1
1 0
1
1
1 1
0
Aplicação da segunda regra:
A B
C
W
0 0
0
0 0 0
1
0 0 1
0
1 0 1
1
1 1 0
0
0 1 0
1
1 1 1
0
1 1 1
1
0
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 28
Observação: Como se verifica, temos dois seletores (A e B), conclui-se então, pela fórmula de potência de 2
vista anteriormente, que será utilizado um MUX-4. Repare também que a ordem de significância das variáveis
é a mesma dos seletores do MUX.
Aplicação da terceira regra:
A B C W
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
Aplicação da quarta regra:
A B C W
0 0 0 0
W = GND
0 0 1 0
0 1 0 1
W = Vcc
0 1 1 1
1 0 0 0
W = C
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0 W = C
Aplicação da quinta regra:
A B C W
0 0 0 0
W = GND
0 0 1 0
0 1 0 1
W = Vcc
0 1 1 1
1 0 0 0
W = C
1 0 1 1
1 1 0 1
W = C
1 1 1 0
Para finalizar, o combinacional referente à tabela poderá ser implementado desta forma:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 29
Outros exemplos:
IMPLEMENTAR UMA FUNÇÃO XOR PARA TRÊS VARIÁVEIS UTILIZANDO MUX:
Como visto no módulo anterior, a tabela de tal função somente se apresenta do modo seguinte:
A B C Z
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0
A partir daí aplicamos as cinco regras:
A B C Z
0 0 0 1
0 0 1 0 Z = C
0 1 0 0
Z = C
0 1 1 1
1 0 0 0
Z = C
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0 Z = C
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 30
PROJETAR UMA PORTA XNOR UTILIZANDO UM MUX:
A B S
0 0 1
0 1 0 S = B
1 0 0
S = B
1 1 1
IMPLEMENTAR UM SOMADOR COMPLETO UTILIZANDO MUX:
A B Te S Ts
0 0 0 0 0 S = Te
0 0 1 1 0 Ts = GND
0 1 0 1 0 S = Te
0 1 1 0 1 Ts = Te
1 0 0 1 0 S = Te
1 0 1 0 1 Ts = Te
1 1 0 0 1 S = Te
1 1 1 1 1 Ts = Vcc
Neste exemplo temos 2 seletores, porém com 2 funções de saída. Obviamente necessitaremos de
um MUX-4 DUPLO:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 31
PROJETAR UM MEIO SOMADOR/SUBTRATOR UTILIZANDO MUX:
A B S Ts D E
0 0 0 0 0 0 S/D = B
Ts = GND
E = B
0 1 1 0 1 1
1 0 1 0 1 0
S/D = B
Ts = B
E = GND
1 1 0 1 0 0
Perceba que as funções S e D são equivalentes, portanto serão geradas apenas três funções: S/D,
Ts e E.
Desta vez necessitamos de um MUX-2 TRIPLO, pois temos 1 seletor para 3 funções de saída:
Perceba que qualquer circuito combinacional pode ser implementado desta forma com um
multiplex, por mais complexo que ele seja.
Esta técnica, além da grande economia de espaço físico proporcionada pelo uso de um, dois ou no
máximo três CI’s, é extremamente útil na implementação de circuitos combinacionais demasiadamente
complexos e que não admitem simplificação, observando-se as vantagens em termos de custo-benefício, visto
que os MUX e DEMUX são circuitos integrados bastante caros.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 32
IV-CIRCUITOS SEQÜENCIAIS
Diferentemente dos circuitos combinacionais, as saídas dos circuitos seqüenciais não variam exclusivamente com a variação imediata de suas entradas, pois dependem também de seus estados anteriores.
Na figura anterior, temos a composição básica de todos os circuitos seqüenciais que na verdade são constituídos por circuitos combinacionais devidamente realimentados.
Esta realimentação é o que proporciona ao circuito a mudança de seu estado em função dos níveis de saída anteriores à inserção dos bits de entrada.
Acompanhe esta proposição na porta OR abaixo, que, do modo como foi implementada, tornou-se um circuito sequencial básico:
Analise o funcionamento deste pequeno circuito, passo-a-passo, orientado pela tabela a seguir:
ENTRADA
SAÍDA
1º PASSO
“?”
0
2º PASSO 0 0
3º PASSO
1
1
4º PASSO 0 1
O que ocorre, a partir do “4º passo”, é o travamento do nível lógico 1 na saída, logo após o seu surgimento na entrada. Isto se deve à realimentação que aplica o nível 1 da saída para a outra entrada da porta OR.
Este travamento constitui um sistema de MEMORIZAÇÃO, pois a existência do bit 1 na saída indica que sua presença ocorreu em algum momento na entrada do circuito e esta memória permanece intacta devido à realimentação, mesmo que a entrada “desça” para o nível 0 diversas vezes.
Eis a dependência da situação anterior para definir o estado de um circuito seqüencial: veja, pela tabela acima, que não basta a entrada ser igual a 0, é necessário conhecer o valor assumido anteriormente pela saída para defini-la; compare o 2º e o 4º passos da tabela anterior.
A partir de então, surge uma dúvida: como fazer para preparar o circuito para uma próxima memorização, ou seja, levar o nível de saída para 0?
Uma solução imediata é mostrada a seguir:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 33
Com isto se consegue introduzir o bit 0 na saída logo após a “descida” da entrada. Sendo assim, uma solução prática seria o uso de uma chave seletora:
Novamente “esbarramos” no inconveniente de utilizar chaves mecânicas em circuitos digitais; substitui-se, então, a chave seletora por uma “chave digital”:
Deste modo houve um melhoramento, tendo não só um terminal com que se possa “Setar” (mudar a saída para 1 ou fazê-la subir) o circuito, mas também outro com que se possa “Resetar” (limpar a saída, fazê-la descer ou mudá-la para 0):
R
1 = realimentação fechada
circuito pronto para a memorização
0 = realimentação aberta
circuito pronto para ser resetado
OBS.: Convencionou-se identificar a saída deste tipo de circuito pela letra “Q”.
Mais melhoras podem ser feitas neste circuito a fim de facilitar seu uso: temos este circuito setando com S=1 e resetando com R=0; seria muito cômodo se ambos os terminais operassem com o mesmo nível lógico.
Poderíamos, por exemplo, prover uma adaptação para que o reset seja ativado com 1:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 34
Assim temos o circuito setado com S=1 e resetado com R=1.
Ou seja, ativando (nível 1) um dos terminais, podemos setar ou resetar facilmente e sem equívocos.
Outra conveniência que torna sua implementação mais barata e simplificada é utilizar um único tipo de porta. Observe o mesmo circuito, com a troca da porta AND por uma NOR:
Simplificando pela propriedade da dupla negação, temos:
Parece não haver coerência com o que foi proposto, pois continuam existindo 2 tipos diferentes de portas, mas acompanhe o deslocamento da inversora de entrada da 2ª porta:
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 35
A simplificação parece satisfatória, mas ainda resta um último inconveniente: a saída do circuito está negada. Se bastante atenção for dispensada aos níveis lógicos, que ocorrem em cada ponto do circuito, surgirá uma constatação:
Por último, colocaremos a saída do circuito em sua posição principal girando o desenho 180° verticalmente:
Este pequeno dispositivo de memória é a célula fundamental de todo e qualquer circuito seqüencial complexo e forma um multivibrador biestável digital. Por esta razão, recebe o mesmo nome pelo qual é conhecido seu equivalente analógico: flip-flop.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 36
1 - FLIP-FLOP RS
Como visto anteriormente, o FLIP-FLOP RESET/SET (FFRS) possui a função de armazenar um
bit, seja ele 0 (resetado) ou 1 (setado).
Analise a tabela verdade de um FFRS, na qual cada linha segue uma ordem cronológica da
primeira para a última linha:
R S Q ESTADO
0 0 ? (INDETERMINADO)
0 1 1 (SET)
0 0 1 (ANTERIOR)
1 0 0 (RESET)
0 0 0 (ANTERIOR)
1 1 Q (PROIBIDO)
0 0 ? (INDETERMINADO)
O estado proibido existe porque acontece o que é algebricamente impossível: Q Q . Nesta linha
da tabela, com as duas entradas em 1, parece que se deseja o inusitado: resetar e setar o FF no mesmo
instante; o resultado é que o circuito responde com as duas saídas em nível 0.
O estado indeterminado ocorre quando não se pode determinar que nível lógico haverá na
saída; tal situação ocorre quando as entradas do FF são aterradas antes que o circuito que o contém seja
alimentado (1ª linha da tabela); outra situação semelhante ocorre se as entradas receberem 0 simultaneamente
após o estado proibido. No estado indeterminado, o FF pode resetar ou setar independente de qualquer
controle.
O estado anterior é a própria memorização do FF; nesta situação, o circuito mantém o nível
lógico existente na saída anteriormente.
2 - FFRS COM PORTAS NAND
Uma alternativa barata e de simples integração é o uso de portas NAND para
implementação de um FF.
Analise o FFRS abaixo através de sua tabela verdade:
R S Q ESTADO
1 1 ? (INDETERMINADO)
0 1 1 (SET)
1 1 1 (ANTERIOR)
1 0 0 (RESET)
1 1 0 (ANTERIOR)
0 0 Q (PROIBIDO)
1 1 ? (INDETERMINADO)
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 37
Repare que este circuito seta e reseta do mesmo modo que seu equivalente com portas NOR,
sendo que a única diferença está nos estados indeterminados, anterior e proibido.
As portas NAND são mais baratas, porém a tabela do FFRS com NOR é padrão por ser mais
usual em termos de raciocínio disjuntivo. Para resolver este problema, basta implementar um FFRS com
NAND que opere pela tabela de seu antecessor com portas NOR.
Para conseguir tal proeza, observe a equivalência de um FFRS implementado com portas NOR:
Agora acompanhe o raciocínio a seguir:
Verifique o funcionamento deste último circuito através da tabela a seguir:
R S Q ESTADO
0 0 ? (INDETERMINADO)
0 1 1 (SET)
0 0 1 (ANTERIOR)
1 0 0 (RESET)
0 0 0 (ANTERIOR)
1 1 Q (PROIBIDO)
0 0 ? (INDETERMINADO)
Como pode ser observado, a tabela deste circuito é a mesma do FFRS com NOR. A única
diferença que não causa inconveniente algum reside no fato de que o estado proibido deste circuito,
diferentemente do seu antecessor, faz com que as saídas sejam iguais a 1.
Conclusão: para implementar um FFRS com portas NAND e fazê-lo operar com a tabela do FFRS com NOR,
basta negar e trocar as entradas set e reset.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 38
Para explicitar a construção de seus FFs, os fabricantes geralmente utilizam a simbologia a
seguir:
FFRS NOR FFRS NAND
3 - FFRS GATILHADO
Existe no dia-a-dia a necessidade de determinar em que instante de tempo devem ocorrer as
mudanças desejadas num circuito. Um bom exemplo é o cronômetro, onde o atleta ou o treinador faz todas as
mudanças de minuto e segundo desejando que estas alterações tenham efeito somente após o “clic” no
aparelho.
Em eletrônica digital, este “clic” é chamado de pulso de disparo ou pulso de clock.
Observe a implementação de um FFRS gatilhado acompanhado de sua tabela verdade:
Clk R S Q
0 X X Qn (ANTERIOR)
X 0 0 Qn (ANTERIOR)
1 0 1 1 (SET)
1 1 0 0 (RESET)
1 1 1 Q (PROIBIDO)
As portas AND agirão como chaves eletrônicas, permitindo ou não a passagem dos níveis de R e
S, de acordo com o nível de CLOCK.
Para a análise da tabela-verdade, vários tipos de simbologia podem ser empregados para indicar o
estado anterior, sendo que a mais usual em diversas publicações é o “Qn”.
Verifique pela tabela que o FF terá seu estado alterado somente com o CLOCK em nível 1; com o
mesmo em nível 0, o FF estará em memorização(Qn).
Se em determinado projeto for necessário que o clock seja ativado com nível 0, basta negá-lo.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 39
4 - FFRS MASTER-SLAVE (FFRSMS)
Em situações onde houver a possibilidade das entradas R e S variarem com muita velocidade, o
gatilhamento supracitado será ineficaz para um nível de clock muito extenso.
Para resolver este problema, foi criada a configuração MASTER-SLAVE (mestre-escravo), que
faz com que o clock seja gatilhado não com níveis, mas com a transição entre pulsos.
NOTA: entende-se como pulso a variação completa da entrada de 1 para 0
ou vice-versa:
OU
Pulso com descida ou
transição negativa
Pulso com subida ou
transição positiva
Isto é conseguido com o próximo circuito:
A idéia é fazer com que o FF escravo somente mude de estado conforme os níveis de entrada
determinados pelo FF mestre. Desta forma níveis lógicos fixos de clock apenas farão com que o circuito
permaneça na memorização (Qn).
Quando o clock do mestre for 0, o circuito estará em seu estado anterior; quando este subir para 1,
o do escravo descerá para 0, devido à inversora, mantendo o escravo no estado anterior, e o mestre resetará ou
setará conforme o conteúdo de suas entradas RS; quando o clock do mestre descer, o do escravo subirá com
os níveis de saída do mestre em suas entradas, resetando ou setando conforme seu conteúdo.
Como resultado final, este FF somente terá seu estado alterado com um pulso completo de
clock. Acompanhe a tabela verdade:
Clk R S Q
0 X X Qn ANTERIOR
1 X X Qn ANTERIOR
X 0 0 Qn ANTERIOR
0 1 1 SET
1 0 0 RESET
1 1 ? INDETERMINADO
Quando o clock de um FF opera com transição (pulsos completos), utiliza-se setas para
indicar transição positiva ou subida () e para indicar transição negativa ou descida ().
Observe na tabela verdade que, se houver uma descida de clock com os níveis de entrada
iguais a 1, haverá o estado indeterminado, eliminando-se o estado proibido. Isto ocorre devido ao fato do
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 40
FF “master” (mestre) entrar no estado proibido e, após o término do pulso de entrada, transmitir o seu estado
indeterminado ao “slave” (escravo).
Se for desejado que o FFRSMS mude de estado na subida do clock, basta utilizar dois
FFRS cujos clocks sejam acionados com 0.
5 - SIMBOLOGIA DE ENTRADA DE CIRCUITOS DIGITAIS
Conforme visto anteriormente, dependendo da implementação do FF, o clock pode ser acionado
com níveis lógicos ou pulsos (de subida ou de descida).
Torna-se necessário para o fabricante explicitar de que forma os terminais de entrada de seus
circuitos podem ser acionados. Uma das formas de fazê-lo é através de símbolos:
Símbolo
Acionamento
Nível 1 Nível 0
subida ou
transição
positiva
descida ou
transição negativa
O bloco representa um circuito digital qualquer, e o terminal representa uma de suas entradas.
A simbologia supracitada é utilizada na representação de qualquer circuito digital em blocos.
EXEMPLOS:
FFRS
(clock ativado com 0)
FFRSMS
(clock ativado com subida)
6 - FLIP-FLOP TIPO D (FFD)
Este tipo de FF possui a finalidade de armazenar uma informação (Dado) de um bit utilizando-se
apenas de uma única entrada. Logo abaixo temos um FFD implementado através de um FFRS gatilhado;
verifique seu funcionamento através da tabela verdade:
Clk D Q
0 X Qn (ANTERIOR)
1 0 0 (RESET)
1 1 1 (SET)
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 41
Perceba que o bit (seja este 0 ou 1) inserido na entrada D será armazenado no FF se o clock for
igual a 1. Com o clock em 0, teremos a memorização do último bit inserido.
Este tipo de FF é bastante utilizado em circuitos digitais que exigem memorização, principalmente
registradores, conversores de dados, conversores A/D e memórias RAM.
7 - FF TIPO T (FFT)
A finalidade deste FF é inverter o bit armazenado apenas com um pulso na entrada:
T Q
0 Qn
1 Qn
Se o FF estiver setado, resetará com um pulso na entrada T. Se o mesmo já estiver resetado, setará
com este mesmo pulso de entrada. Este estado é chamado de troca ou TOGGLE.
Uma das formas de se implementar um FFT é mostrada a seguir:
Trata-se tão somente de um FFRSMS com realimentação direta em suas entradas.
Tais realimentações geram o efeito de troca de bits para cada pulso, pois ora irão setar, ora resetar
o referido FF.
Este circuito pode ainda ser representado de forma mais simplificada conforme a figura seguinte:
Observe que o símbolo triangular na entrada de clock indica que este terminal comuta com um
pulso de subida, identificando então o circuito como um FFRSMS.
O FFT é utilizado principalmente em circuitos que exigem contagem ou divisão, como nos
contadores síncronos e assíncronos, geradores de seqüência e nos divisores de freqüência de pulso digitais.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 42
8 - FLIP-FLOP JK (FFJK)
O FFJK é um dos mais utilizados Flip-Flops. Observe a seguir como o mesmo é implementado:
Clk J K Q
0 X X Qn ANTERIOR
X 0 0 Qn ANTERIOR
1 0 1 0 RESET
1 1 0 1 SET
1 1 1 Qn OSCILAÇÃO LIVRE
Observe que o FFJK, na verdade, é um FFRS gatilhado implementado com dupla realimentação.
Os nomes das entradas (J e K) foram definidos por convenção.
Observe que um dos efeitos da segunda realimentação é eliminar o estado proibido substituindo-o
pelo estado de oscilação. Esta situação é semelhante ao comportamento do FFT visto anteriormente, porém
oscilando inúmeras vezes para cada pulso de clock.
Outra constatação que pode ser feita através da tabela verdade consiste no fato de que, quando as
entradas J e K forem diferentes e o clock for ativado, a saída do FF sempre será igual à entrada J.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 43
9 - FFJK MASTER-SLAVE (FFJKMS)
Devido à mesma necessidade que gerou a implementação do FFRSMS (comutar o clock através
de pulsos), o FFJKMS será construído do modo abaixo:
Clk J K Q
0 X X Qn ANTERIOR
1 X X Qn ANTERIOR
X 0 0 Qn ANTERIOR
0 1 0 RESET
1 0 1 SET
1 1 Qn TOGGLE
Observe que a implementação de um FFJKMS consiste em realimentar de forma distinta um
FFRSMS. O efeito será, diferentemente do FFRSMS comum, a eliminação do estado indeterminado,
substituindo-o pelo estado de troca (TOGGLE) no qual o estado anterior será invertido como num FFT.
Lembre-se sempre que, quando as entradas J e K forem diferentes e o clock for ativado, a saída
do FF sempre será igual à entrada J
10 - IMPLEMENTANDO FFRS, FFT E FFD UTILIZANDO O FFJKMS
Observando atentamente a tabela verdade do FFJKMS fica muito fácil implementar, através dele,
os tipos básicos de FF:
CIRCUITO:
IMPLEMENTAÇÃO: FFRS gatilhado FFD FFT
DICA:
Relacionar SET (S) com a
saída acompanhando J.
Entradas diferentes, a saída acompanha J. Entradas iguais a 1: TOGGLE
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 44
11 - TERMINAIS PRESET E CLEAR
Muitos FFs, principalmente o JK, são disponibilizados pelos fabricantes com dois terminais extras
de controle conhecidos por PRESET(P) e CLEAR(C):
Como o próprio nome sugere (PRESET: do inglês PRE = "antes" “setar antes” ), a entrada P
inicializa o FF com o estado SET independentemente do conteúdo das outras entradas e do clock.
De modo e condição semelhantes, a entrada C condiciona o FF ao estado inicial RESET (do inglês
CLEAR = "limpar").
Assim sendo a tabela verdade do FFJKMS da figura acima, por exemplo, passa a ser descrita do
seguinte modo:
P C Clk J K Q
1 0 X X X 1
0 1 X X X 0
0 0 0 X X Qn
0 0 1 X X Qn
0 0 X 0 0 Qn
0 0 0 1 0
0 0 1 0 1
0 0 1 1
n Q
Se for desejado que estes terminais extras sejam acionados pelo nível 0, a simbologia passa a ser a
seguinte:
Como dito anteriormente, os FLIP-FLOPS analisados neste texto são elementos fundamentais
para a implementação de qualquer circuito seqüencial básico, inclusive os que serão estudados logo adiante.
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 45
V-CIRCUITOS SEQUENCIAIS BÁSICOS
1 - CONTADORES E DECONTADORES ASSÍNCRONOS
Observe os dois FFT ligados em cascata a seguir:
Analise este circuito em cada pulso de clock considerando os FFs inicialmente resetados.
Repare que o clock dos FFT são ativados por descida, ou seja, sempre que o clock descer, Qb mudará de estado, e sempre que Qb descer, Qa mudará de estado. Com estas considerações, analise atentamente a tabela a seguir:
Pulsos de clock
Qa
Qb
(início)
0
0
1º
0
1
2º
1
0
3º
1
1
4º
0
0
Fica claro que este circuito simples realizou quatro contagens, pois suas saídas variaram de 00 (zero) até 11 (três) para em seguida, após o 4º pulso de clock, reiniciar a contagem.
Observe agora o circuito seguinte que é o mesmo anterior com o acréscimo de mais um FFT:
Analisando o funcionamento deste circuito, desta vez utilizando o diagrama de tempo, fica claro que as mudanças de nível só ocorrem na descida do pulso que o antecede:
Clock
0
1
Qc
0
1
Qb
0
1
Qa
0
1
Técnicas Digitais - 4ª Mecatrônica – Colégio Delta 46
O circuito acima, como esclarece o diagrama de tempo, realizou oito contagens – de OOO (zero)
até 111 (sete). Outra característica notável nos dois circuitos está no fato do FF que recebe os pulsos de clock
gerar o bit menos significativo da contagem, e o último FF concatenado gerar o bit mais significativo.
Os circuitos anteriores são chamados de contadores assíncronos, pois seus FFs não estão
sincronizados, ou seja, não recebem o mesmo pulso de clock em suas entradas ao mesmo tempo.
Se mais um FF for acrescentado (4 FFs ao todo) perceberemos a implementação de um circuito
que realiza 16 contagens (de 0000 até 1111).
A quantidade de contagens de um contador caracteriza o seu MÓDULO, assim sendo um
conjunto de FFT em cascata que executa 4 contagens, por exemplo, será um contador módulo 4 (MOD-4)
Desta forma definimos intuitivamente a fórmula para o módulo de um contador assíncrono:
M F 2
Sendo: F = número de FLIP-FLOPS do contador assíncrono;
M = módulo natural do contador assíncrono;
Os módulos vistos anteriormente e definidos pela fórmula acima são ditos módulos naturais, pois
são conseguidos simplesmente conectando vários FFT em cascata e sem a implementação de circuitos
adicionais no contador.
Agora analise atentamente o circuito a seguir. Repare que as entradas dos FF agora estão
conectadas de forma diferente. Considere, ainda, que todos estão inicialmente setados (111):
Clock 0 1
Qc 1 0
Qb 1 0
Qa 1 0
I-CIRCUITOS DE COMERCIAL (FAMILIAS LÓGICAS)
Como se mencionó en el módulo anterior, puertas lógicas son circuitos electrónicos implementados en pastillas de silicio, constituidos por resistores, transistores, diodos y, en algunos casos, condensadores, zeners y transistores MOS.
Los componentes utilizados para implementar los puertos lógicos caracterizan las llamadas familias lógicas, que son diferentes tecnologías utilizadas para implementar un mismo tipo de puerto lógico.
Gracias compañero por este gran aporte, ya que yo ya tenia algunos de estos gracias a este gran foro, pero por lo que se puede ver este es muchisimo mas completo y a parte viene junto y a la vez bastante actualizado ya que es de hace relativamente poco tiempo.
Habra que estudiarlos a fondo.
Saludos.